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O silêncio das emoções

  • Foto do escritor: Marcelly Silva
    Marcelly Silva
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 5 dias

*texto escrito por humana


O que a série O Verão que Mudou Minha Vida tem a nos ensinar sobre como lidamos com as nossas emoções?


Será que abafar os nossos sentimentos poderá empobrecer nossas vivências e relacionamentos?


Neste episódio do Podcast Morada do Sentir, compartilho como eu me senti tocada pela vivência do personagem Conrad Fisher, especialmente pelo seu sentir profundo em silêncio.


O Verão que Mudou Minha Vida é uma série baseada na trilogia de livros escrita por Jenny Han. A história segue o triângulo amoroso entre Belly e os irmãos Fisher: Conrad e Jeremiah. Nesta trama podemos acompanhar experiências de amadurecimento, de descobertas de sentimentos e relações humanas de muito afeto e muita história compartilhada


Conrad, com seu senso de responsabilidade e os segredos que guardava para proteger os outros e a si mesmo, se distanciava dos seus sentimentos por não conseguir lidar com a intensidade do que sentia.


Logo Podcast Morada do Sentir

Muitas coisas estavam acontecendo com ele:


  • a perda iminente da mãe,

  • a descoberta em segredo de que o casamento de seus pais estava se desfazendo por conta das traições e ausências de seu pai,

  • a responsabilidade de cuidar de seu irmão mais novo - o Jeremiah,

  • e as mudanças que estavam por vir por conta da sua entrada na vida adulta.



Tudo isso parece ter se acumulado para ele como se ele estivesse carregando o peso do mundo sozinho.


Nesse contexto, Conrad foi se tornando sombrio, fechado em si mesmo, não compartilhando sua interioridade com as pessoas de sua convivência - incapaz de pedir ajuda. Fica para mim a sensação de que a vida foi se tornando menos colorida para ele.


Conrad, muitas vezes, era visto como alguém que não se importava, que não se envolvia - alguém de coração frio, fechado, distante. Mas, na verdade, se observamos bem, conseguimos ver que em seu universo particular muitas emoções são sentidas - sem que ele se permitisse expressá-las, sem que ele se permitisse até mesmo acessá-las. Entrar em contato com estas emoções era muitas vezes confuso e assustador para ele.


Conrad, por fim, foi se dando conta dos seus sentimentos por Belly. E a intensidade desses sentimentos, a meu ver, parece tê-lo despertado para um mundo mais iluminado. Foi bonito acompanhar esta descoberta dele e como ele se abriu para a vida.


Vimos ali, uma abertura estampada num sorriso franco, quando ele sentiu que ele poderia experimentar esse amor - que era recíproco. Mas, foi só por um instante. Ele logo voltou a se ver como se não tivesse o direito de ser feliz e de ser amado. Afastando a Belly e as outras pessoas - se fechando outra vez


Acompanhando esta história de O Verão que Mudou Minha Vida, me intrigou muito a forma como Conrad lidava com seus sentimentos. Me tocou perceber o quanto ele não assumia o que sentia por Belly, não por sentir pouco, mas por ele não se sentir merecedor de viver esse amor. Por ele não sentir que havia espaço para esta vivência em meio a tantas coisas que estavam acontecendo ao mesmo tempo - com ele e com as pessoas ao seu redor.

Card que faz referência à série O verão que mudou minha vida

Eu fico pensando: quantas vezes, assim como Conrad, nós deixamos de viver experiências incríveis por sentir que não era o momento? Ou então por não acreditar que daríamos conta?


Quantas vezes nós abrimos mão de encontros significativos por não nos sentirmos merecedoras de amar e receber amor? Ou então, por medo do que poderia nos acontecer ao cultivar esse amor?


Se nos sentimos inseguras por algum motivo, amar pode ser, muitas vezes confuso, bonito, assustador e revigorante - tudo ao mesmo tempo!


Então, como será que poderemos nos abrir para o mundo e para a experiência de amor em meio à falta de garantias?


Ainda assim, como poderemos apreciar um mergulho no mar sem sequer molhar os pés?


Encerro por aqui, com o desejo de que este breve mergulho no universo de Conrad Fisher tenha provocado em você uma abertura para sentir - e partilhar suas emoções em espaços de acolhimento e segurança. Afinal, precisamos nos permitir sentir e compartilhar nossos sentimentos, se quisermos viver conexões sinceras e profundas em nossas vidas.


Até o próximo episódio!


Com amor, Marcelly



Este episódio do Podcast Morada do Sentir

está disponível em formato de áudio no Spotify e no Youtube



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Eu posso te acompanhar - com escuta, presença e profundidade.





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